Campanha contra o desperdício de alimentos postou vídeo na internet alertando que nada menos do que 925 milhões de pessoas vão passar fome no mundo de hoje. Enquanto isso, 20% dos produtos alimentícios são despejados no lixo diariamente.
Em 2015, o número era de 795 milhões, segundo o relatório anual sobre a fome “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015”, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD) e o Programa Alimentar Mundial (PAM).
O site pré.univesp.br informa que “o número, apesar de alto, aponta 216 milhões pessoas a menos do que o registrado de 1990 a 1992. O estudo analisou 129 países de 1990 a 2014 e mostrou que a maioria dos países (72) atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da ONU, de reduzir para metade a incidência de desnutrição até 2015”.
“O documento da FAO mostra que em regiões em desenvolvimento, a desnutrição – que mede a proporção de pessoas que não consomem alimentos suficientes para levarem uma vida saudável – caiu para 12,9% da população, em relação aos 23,3% registrados em 1990. A percentagem de pessoas que passam fome na América Latina e Caribe diminuiu de 14,7% para 5,5% desde 1990, e a percentagem de crianças desnutridas (abaixo dos cinco anos) também teve redução de 7,0% para 2,7%. Já a África Subsaariana é a região com maior prevalência da desnutrição do mundo: 23%, ou seja, quase uma em cada quatro pessoas”.
“O problema da pobreza no Brasil não está completamente superado”, informa matéria publicada no site amambainoticias. “Apesar de o país não possuir mais pessoas em situação de fome crônica, ainda existem 20 milhões de brasileiros que vivem em extrema pobreza”, acrescenta.
“A proposta do governo (...) comandado pela presidente afastada Dilma Rousseff incluía dar continuidade e ampliar a distribuição de renda; qualificar a oferta de serviços públicos, como acesso à saúde e à educação; e implementar ações de inclusão produtiva, com a criação de emprego e valorização da agricultura familiar; entre outras medidas”.
Um assessor do governo anterior disse que “os conceitos de pobreza e de extrema pobreza não envolvem apenas os critérios de renda e fome”.
“Para ele, o acesso mínimo a serviços que ofereçam qualidade de vida, como saúde, moradia e educação, também devem ser observados.
“Esse direito à alimentação não é apenas comer. É também o direito à saúde, à educação, a ser cidadão, a participar da vida social, a participar da democracia brasileira e, portanto, ter consciência desses direitos, poder se organizar inclusive para lutar por eles - destacou, ao observar que o combate à pobreza exige atuação conjunta dos governos estaduais, da sociedade e do Parlamento”.
O atual governo deve se manifestar sobre o tema.
Esta é a ideia, cidadãos e cidadãs piauienses.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 17.06.16.
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