Em estudos preliminares, cientistas avaliam a possibilidade de o zika vírus ter a capacidade de se reativar no organismo, ou seja, de permanecer “guardado” no corpo depois de uma primeira infecção, e ressurgir algum tempo depois, causando novo episódio da doença. Deste modo, o zika se tornaria uma patologia crônica, como é o caso da Aids, do câncer e do diabetes, por exemplo. Nesta sexta-feira (15), em São Paulo, durante prévia da conferência internacional Bridging the Sciences, que será realizada em Atlanta (EUA) em maio, médicos de universidades brasileiras e da indústria farmacêutica debateram a criação de medicamentos contra o zika vírus, suas consequências, transmissão e a relação com a microcefalia. Amilcar Tanuri, professor do Departamento de Genética da UFRJ, conta que já há casos de indivíduos que apresentaram sintomas do zika novamente até três meses depois da primeira vez em que buscaram ajuda médica por causa da mesma doença. "Trabalhamos com duas hipóteses: a reativação ou a reinfecção. No caso de reativação, o vírus está no sistema, em algum órgão, em algum reservatório. Estamos tentando desvendar o mecanismo. O que sabemos, é que o vírus fica saindo por um longo período de tempo na urina e no sêmen. Já vimos pacientes voltando ao pronto-socorro com dor articular, edema na mão, e conseguimos isolar o vírus no sangue". Leia mais...
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