Interlocutores do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informam que ele tem manifestado nos bastidores intenção de deixar o governo se o MEC entrar nas negociações com partidos para ampliar a votação pró-Dilma no processo de impeachment em tramitação na Câmara, segundo apurou o repórter Filipe Matoso, do G1. Na última semana, o governo tentou encaixar o PP no Ministério da Saúde, atualmente comandado pelo deputado peemedebista Marcelo Castro. A manobra provocou contrariedade na ala governista da bancada do PMDB. Diante disso, passou-se a cogitar a hipótese de acomodar o PP noutra pasta de grande peso político. Um dos cenários é entregar Educação ao PP e deslocar Mercadante para o Planejamento. No primeiro mandato de Dilma, Mercadante foi ministro de Ciência e Tecnologia e da Educação. No segundo, ocupou a Casa Civil e depois voltou para a Educação. Agora, não teria mais intenção de ir para outro ministério. "O que se tem discutido entre o PP e governo é que, no caso de ficarmos na base – o que passa pela aprovação da bancada –, queremos passar a ser o maior partido na Esplanada depois do PT. Nós queremos mais espaço no que cabe aos partidos. Se vai ser Saúde, se vai ser o MEC, este ou aquele ministério, sobre isso não tem definição, assim também como não tem exigência. Mas queremos um espaço maior", afirmou um importante dirigente do PP.
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