Sem dinheiro e desempregados, os brasileiros estão raspando o que têm na caderneta de poupança. Somente no primeiro trimestre do ano, a mais tradicional aplicação financeira do país registrou perdas de R$ 24 bilhões. Foram os piores primeiros três meses da história. Em março, especificamente, os saques superaram os depósitos em R$ 5,4 bilhões.
Além dos problemas orçamentários das famílias, a poupança está enfrentando uma disputa ingrata com outros investimentos mais rentáveis, como os títulos públicos do Tesouro Direto e os fundos de renda fixa. Quem migrou para outras aplicações se cansou de ver a caderneta perder sistematicamente para a inflação.
No entender dos especialistas, a poupança continuará perdendo espaço no portfólio dos investidores, porque a inflação continuará alta e as demissões vão se acentuar. Por lei, a caderneta paga 0,5% ao mês mais a variação da TR (Taxa Referencial).
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