Merelyn Cerqueira - A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), de acordo com a PrEP Brasil, trata-se de uma estratégia de prevenção que envolve a administração de um medicamento antiviral (ARV) em pessoas que estejam correndo o risco de infecção por HIV.
Em ensaios clínicos realizados anteriormente, o método se provou muito eficaz, no entanto, um homem que estava realizando esse regime de prevenção há dois anos tornou-se positivo para uma estirpe de HIV que se mostrou resistente ao medicamento.
O homem em questão, homossexual, de 43 anos de idade, estava tomando diariamente um medicamento chamado Truvada que, até então, e com base em testes iniciais, apresentara 99% de eficácia quanto à prevenção do vírus em homossexuais, bissexuais e transexuais que diariamente tomaram o medicamento.
Porém, em testes realizados recentemente, ele se mostrou positivo para HIV – para o antígeno p24, que aparece dentro de três semanas após a infecção e depois desaparece por um tempo.
Os resultados mostravam que o vírus continha muitas mutações resistentes ao medicamento. Além disso, o homem apresentou resultados negativos para anticorpos anti-HIV, que geralmente aparecem de duas a oito semanas após a presença do vírus no corpo. Sendo assim, especialistas alertam que o caso sugere que a PrEP pode não ser tão eficaz em estirpes resistentes à droga.
O estudo de caso foi apresentado pelo Dr. David Knox, um especialista em HIV no Maple Leaf Medical Center, em uma Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, realizada em Boston. O medicamento Truvada, fabricado pela Gilead, é uma combinação de dois medicamentos – tenofovir e emtricitabina – e foi aprovado em diversos países como PrEP, para prevenir a infecção pelo HIV. [ Daily Mail / Veja ] [ Foto: Reprodução / Veja ]
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