A relação de Dunga e Gilmar Rinaldi com o senador Romário piora cada vez mais. Segundo informações do GloboEsporte.com, a dupla da Seleção Brasileira entrou com uma denúncia no Conselho de Ética do Senado para que seja apurada uma possível quebra de decoro parlamentar. Além disso, também houve foi protocolada uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a defesa dos dois, a queixa se deve a ofensas proferidas pelo ex-jogador aos dois. Para os advogados, algumas manifestações de Romário não competem ao seu cargo e não estão englobadas no ‘manto’ da imunidade parlamentar. Para Ricardo Braga dos Santos e Andréa Gonçalves Ferry, advogados de Dunga e Rinaldi, Romário não pode dar certas declarações, só porque preside a CPI do Futebol, comissão onde a dupla não é investigada.
Com Rinaldi, os problemas com o ‘Baixinho’ são mais antigos. Em 1999, após a saída do centroavante do Flamengo, um entrevero entre os dois foi causado, pois a rescisão de Romário foi assinada pelo atual coordenador da Seleção. Esse motivo, aliás, foi citado na queixa-crime. A defesa de ambos pede que Romário seja condenado no artigo 139 do Código Penal, que trata de difamação e prevê de três meses a um ano de detenção e multa. Rinaldi, por sua vez, pede condenação no artigo 140, que trata de injúria e prevê detenção por até seis meses ou multa. Ainda há um terceiro pedido da pula. Eles pedem um agravante previsto no inciso III do artigo 141, que determina aumento de um terço nas penas se a infração for cometida ‘na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria’.
“Estamos tomando medidas junto ao Conselho de Ética do Senado, com objetivo de apurar se houve quebra de decoro parlamentar. Ele não pode usar o cargo dele para satisfazer pretensões pessoais, nesse caso a perseguição que há muito tempo pratica contra o Gilmar. É uma coisa conhecida, desde a época do Flamengo, foi noticiado pela imprensa. No STF há queixa-crime e há um entendimento já que o senador tem imunidade parlamentar em relação às suas manifestações, até mesmo criminais, mas têm de estar vinculado ao exercício do seu mandato. Não pode ser qualquer ato e manifestação”, disse Ricardo Braga, um dos advogados de defesa.
Em 2015, o senador fez duras críticas aos dois. Ele criticou algumas convocações feitas por Dunga (leia mais aqui). O fato de Rinaldi ser um ex-agente de jogadores também não agradou muito ao ex-jogador. Em resposta, o atual técnico da Seleção rebateu (leia mais aqui). “Repudio as declarações de quem se disse meu amigo, mas não é. Amizade pressupõe respeito, lealdade e estrita confiança na integridade de quem dedicamos aquele sentimento”, disse na época.
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