A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) revelou novas denúncias de abusos sexuais de crianças supostamente cometidos por soldados tanzanianos que integram a missão. "Essas acusações estão sendo investigadas minuciosamente e, se forem comprovadas, serão tomadas medidas imediatas. Os possíveis autores receberam ordens para permanecer no seu acampamento durante a investigação", informou a Monusco num comunicado divulgado na sexta-feira (1º). As queixas foram recebidas no dia 23 de março e imediatamente uma equipa criada para investigar estes alegados casos na aldeia de Mavivi, perto de Beni no leste da República Democrática do Congo. "Os resultados iniciais sugerem que existem evidências de relações sexuais com menores. Há também várias reivindicações de paternidade", adiantou a missão das Nações Unidas. Segundo a Monusco, as vítimas estão recebendo apoio médico e psicológico de organizações como a UNICEF. A ONU já comunicou estas novas denúncias de abuso sexual às autoridades da Tanzânia e do Congo. Só em 2015, a ONU recebeu 69 acusações de abuso sexual por parte de "capacetes azuis", supostamente cometidos por pessoas de 21 países e em muitos casos contra menores. A maior parte dos casos se concentram em duas operações, uma na República Democrática do Congo e a outra na República Central Africano, onde repetidas acusações levaram a ONU a forçar a demissão do chefe da missão e repatriar centenas de soldados congoleses. (Notícias ao Minuto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário