Carlos Madeiro*Colaboração para o UOL, em Maceió*Divulgação
O casal Djalma Marques e Fátima Fonseca criou um repelente à base de plantas, que foi aprovado pela Anvisa
A vida harmônica dos índios com os mosquitos na selva serviu de inspiração para um casal de pesquisadores pernambucanos, que desenvolveram um repelente natural contra o temido mosquito Aedes aegypti. O produto recebeu, em 2015, a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como protetor eficiente e já está próximo de chegar a prateleiras de redes farmacêuticas.
O produto usa plantas como alecrim, cravo, citronela e andiroba e é fruto de pesquisa do dermatologista Djalma Marques e da engenheira química Fátima Fonseca. Naturalista, Marques conta que, quando voltou ao Recife, em 2005, foram morar em uma região cercada por natureza, e começaram a enfrentar problemas.
"Sentimos a necessidade da pesquisa pois vivíamos em área de muito mosquito, muita muriçoca. Os guris andavam dentro do mato e voltavam sempre picados. Como a gente não usa produto químico sintético, começou a tentar uma forma de fazer uma proteção natural testando uns óleos", afirma.
Os dois criaram então uma empresa para pesquisar produtos naturais sem uso de nada sintético. Quatro anos depois de pesquisas informais, veio então o passo fundamental para a criação do repelente Biorepely: o financiamento do projeto pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Ajuda dos índios
O dermatologista relata que para chegar à fórmula do repelente contou com informações de índios que viviam à margem de rios e conviviam harmonicamente com os mosquitos.
Fomos buscar com os índios o que tinham para viver lá, e, para nossa surpresa, soubemos que eles usam vários tipos de óleos. Perguntamos como eles aprenderam, e disseram que viam os próprios animais utilizar, pois roçam suas peles em árvores que têm óleo. Leia mais em: http://zip.net/bxsMPX
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