A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que concedeu uma decisão provisória para suspender a quebra dos sigilos da esposa e das duas filhas do doleiro Alberto Youssef, determinada pela CPI da Petrobras na Câmara, frustrou o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Isso porque o dirigente esperava pressionar o doleiro, que tem acusado o peemedebista de envolvimento com desvios e pagamentos de propina na estatal, através da sua família. O entendimento de Marco Aurélio Mello é que a quebra dos sigilos determinada pela CPI não tinha fundamentação, já que não há indícios, até o momento, de que elas tenham relação com o esquema de corrupção, de acordo com a Folha de S. Paulo. Os requerimentos envolvendo a família de Youssef foram apresentados à CPI por Celso Pansera (PMDB-RJ). Os pedidos apenas se limitavam a comparar Youssef com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que usou familiares para movimentar recursos do esquema de corrupção, mas não apontaram evidências concretas de que a família do doleiro tenha feito o mesmo. Em sua delação premiada, Yousseff havia afirmado que Cunha se beneficiava do esquema de corrupção na Petrobras e que, por meio de aliados, apresentou requerimento para chantagear uma das empresas a retomar o pagamento de propina. BN
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