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Conselho de treinadores se reúne na CBF para debater o fracasso da equipe nacional
A Confederação Brasileira de Futebol deu o primeiro passo na busca de se recuperar dos fracassos recentes da seleção nacional. Nesta segunda-feira, ex-treinadores do time verde-amarelo se reuniram na sede da entidade com o coordenador Gilmar Rinaldi e o atual comandante Dunga.
Este é o início do chamado Conselho de Desenvolvimento Estratégico do Futebol Brasileiro e teve a participação, em um primeiro momento, de Zagallo, Carlos Alberto Parreira, Carlos Alberto Silva, Paulo Roberto Falcão, Sebastião Lazzaroni, Candinho e Ernesto Paulo. Nas próximas reuniões, devem ser chamados técnicos de grandes clubes nacionais, treinadores do exterior, profissionais que trabalham em diversas áreas do esporte e até jornalistas.
“Nós queremos é ganhar um conceito vencedor dentro da Seleção. É importante quando você troca ideias, porque você o motivo da ideia. Não adianta falar que alguma está errada porque ela está errada. Tem que ter um conceito, para a gente trocar informações”, afirmou Dunga à tv oficial da CBF.
O atual treinador da Seleção Brasileira explicou a presença dos primeiros convidados para o encontro.
“São todos brasileiros que tiveram uma longa experiência não só no futebol brasileiro, mas também no futebol do exterior. Que acompanham muito e tem uma visão de quem já esteve aqui dentro e agora vê de fora.”
“Foi importante sob vários aspectos. O que me tocou mais foi sobre o problema tático. Cada um deu o seu ponto de vista. E eu falei para o Dunga: nós temos condições de jogar de igual para igual com qualquer seleção.”
Para o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, muita coisa já mudou nos últimos meses, mas é preciso mudar mais.
“Temos de trabalhar muito e buscar como fazer essas mudanças. O futebol é muito complexo, a seleção é só a ponta da pirâmide. Temos de fortalecer os clubes, dar condições para que possam desenvolver um trabalho na base, auxiliar na criação de centros de excelência e discutir o calendário.”
Já Paulo Roberto Falcão e Carlos Alberto Parreira trouxeram posições mais concretas que podem ser realizadas pelo futebol brasileiro.
“Esse fortalecimento tem de ser feito através da base. Quando falo base, não falo em 17 anos. Falo em garotos de sete, oito anos, priorizar o talento. Muitas vezes isso não acontece porque o profissional que está lá embaixo, na carreira de treinador, também tem o sonho de dirigir um time profissional e de repente no momento de definição ele prioriza jogadores de menos talento, mas que às vezes está mais pronto para aquele momento”, afirmou o Rei de Roma.
“Depois da derrota em 2000 (Eurocopa), na qual a Alemanha não ganhou nem um jogo, não fez gol e foi eliminada, fez um trabalho se baseando nos jogadores, nos dirigentes, nas federações, na mídia. Ela criou 366 centros de treinamento, empregou mil treinadores de futebol, deu oportunidade a 25 mil jogadores, empregou um bilhão de dólares em um projeto de dez anos, e os resultados apareceram. Alguma coisa disso aí serve para a gente.”
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