Juarez Rodrigues/Estado de Minas - Reprodução
Três assaltantes que atacam passageiros de ônibus estão escolhendo vítimas pela cor da pele. Na hora do assalto, não levam nada de quem é negro ou pardo, alegando que são “trabalhadores”, mas roubam celulares e outros objetos de valor de quem não se enquadra nesse perfil. Esses inusitados assaltos estão ocorrendo na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, conforme denúncias das vítimas à polícia. A analista da comércio Maylin Santana Carvalho de Souza, de 27 anos, uma das vítimas, passageira da linha 2104 (Nova Gameleira/Milton Campos), conta que nesta semana, seguia no ônibus com mais de 50 pessoas, quando os ladrões embarcaram no Centro de BH.
“Três rapazes, todos negros, entraram e ficaram observando os passageiros. Na Nossa Senhora do Carmo, cada um deles sacou um revólver e, juntos, anunciaram o assalto. Um deles encostou a arma no meu rosto e falou: ´Passa o seu celular, que já vi que você tem um`. Um rapaz negro foi entregar o telefone dele e o ladrão não aceitou e disse: ´Você, não, neguinho. Você é trabalhador`”, relata. “O motorista e o cobrador do ônibus também foram rendidos, mas, como eram negros, os ladrões não levaram nada deles”, completou.
Os assaltantes sempre fogem a pé, em direção ao Morro do Papagaio, no Bairro Santa Lúcia, onde havia um Posto de Observação da PM, desativado. Só nos sete primeiros dias deste ano foram quatro ocorrências de roubo, admite o comandante do 22º Batalhão da PM, responsável pela área, tenente-coronel Eucles Figueiredo, informando que operações preventivas são feitas no local. (Com informações do Estado de Minas)
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