"Se passaram seis meses e a dor não passa um minuto". O relato é da dona de casa Adriele Almeida, 21, mãe de Maria Vitória Santos Souza, de 1 ano, morta após ser baleada na cabeça, em julho do ano passado, em Amargosa. A ação gerou revolta de moradores da cidade. O tiro que acertou a pequena partiu do policial civil Carlos Raimundo de Jesus Cardoso, que perseguia um foragido da Justiça quando realizou os disparos. A menina foi atingida no colo do pai, o ajudante de pedreiro Luís Carlos Silva, 23, que estava sentado no sofá da sala da casa, no bairro da Katiara. Ele contou à equipe de A TARDE - que esteve na cidade na semana passada - ter sofrido ameaças do policial. "Ele esteve no meu trabalho, deu risada da minha cara e disse que não ia dar em nada. Decidi sair do emprego", relatou Luís Silva. Por conta da lembrança da filha, o casal mudou-se para outra casa no mesmo bairro. "Não vamos fugir com medo. Queremos justiça", diz Silva. O caso foi registrado na delegacia local. No entanto, uma pessoa que não quis ser identificada, mas que está relacionada ao episódio, disse que Carlos Raimundo não estava na cidade no dia em que Silva alegou ter sofrido ameaças. Segundo o promotor de Justiça Jader Santos Alves, Carlos Raimundo está afastado de suas funções na Polícia Civil. Ele segue atuando como vereador na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, a 120 km de Salvador.
A denúncia do Ministério Público contra o policial foi feita ainda no mês de agosto passado. Ele foi denunciado pelo crime de homicídio doloso. "Estamos aguardando a primeira audiência, onde vai ser produzida a prova oral. Ele está sendo acusado de tentar matar um suposto foragido da Justiça e, por erro na execução, ter matado a criança", esclarece Alves. A reportagem do A TARDE não conseguiu localizar o policial para falar sobre o caso.
Divergências: Segundo Luís Carlos Silva, Carlos Raimundo era um policial "truculento". "Ele tinha esse perfil de tratar as pessoas mal, era violento".
O promotor Jader Alves conta que já havia recebido reclamações contra a atuação do policial na promotoria da cidade, mas nada foi comprovado. De acordo com Alves, o acusado era um profissional atuante. "O efetivo policial aqui ainda é muito pequeno. Ele (Carlos Raimundo) ficava à frente de muitas investigações e realizava muitas prisões", revela. Carlos Raimundo e um policial militar estariam perseguindo um homem acusado de furtar uma motocicleta, que entrou na casa dos pais da criança para fugir. A partir deste ponto, há informações divergentes. A versão que consta na denúncia diz que o policial civil atirou para acertar o fugitivo, mas atingiu a criança. Outra diz que o policial só atirou porque foi recebido a tiros pelo fugitivo. "Não há provas sobre isso. As cápsulas de balas encontradas foram da arma de Carlos Raimundo", afirma Alves.
O promotor Jader Alves conta que já havia recebido reclamações contra a atuação do policial na promotoria da cidade, mas nada foi comprovado. De acordo com Alves, o acusado era um profissional atuante. "O efetivo policial aqui ainda é muito pequeno. Ele (Carlos Raimundo) ficava à frente de muitas investigações e realizava muitas prisões", revela. Carlos Raimundo e um policial militar estariam perseguindo um homem acusado de furtar uma motocicleta, que entrou na casa dos pais da criança para fugir. A partir deste ponto, há informações divergentes. A versão que consta na denúncia diz que o policial civil atirou para acertar o fugitivo, mas atingiu a criança. Outra diz que o policial só atirou porque foi recebido a tiros pelo fugitivo. "Não há provas sobre isso. As cápsulas de balas encontradas foram da arma de Carlos Raimundo", afirma Alves.
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