A garota de 18 anos que foi agredida a pauladas e socos por outra jovem no fim de setembro em Guarujá, no litoral de São Paulo, falou pela primeira vez publicamente sobre o momento em que foi cercada por sete meninas quando saía de uma festa no bairro Morrinhos. O vídeo da agressão foi parar em uma rede social e causou constrangimentos à família de Thissiane Voitexem dos Santos que, na época, ainda era menor. A polícia está investigando o caso.
Thissiane contou que não sabe ao certo o que realmente teria motivado a briga, mas lembra das ameaças que sofreu ainda nas redes sociais. “Essa menina é conhecida do meu ex-namorado. Depois que ele postou alguma coisa no Facebook, ela me xingou, achando que era uma indireta dele para mim. Mas eu realmente não estava entendendo nada, até porque não estamos juntos há quase um ano. Depois, eu fiz uma postagem no meu mural e a garota achou que era sobre ela, e veio tirar satisfação”, explica.
O caso que parecia apenas uma discussão virtual teve um novo capítulo no fim de setembro. Após ir a uma festa no bairro Morrinhos com alguns amigos, Thissiane voltava para casa por uma estradinha, quando foi cercada por sete meninas. Segundo a jovem, uma delas era a garota de 22 anos que já havia feito ameaças pela internet. “Ela e várias meninas vieram atrás de mim de bicicleta. Ela já chegou dando um soco no meio do meu peito e começamos a brigar. Depois eu tentei correr e ela pegou uma garrafa, dizendo que iria me matar, mas não me acertou. Não sei de onde ela tirou um pedaço de pau e começou a me bater e puxar o cabelo, até que uns meninos separaram”, conta.
A jovem lembra que duas pessoas gravaram vídeos, mas que a versão que circula na internet, com apenas 45 segundos, registrou somente os últimos momentos da agressão. Segundo ela, toda confusão durou cerca de dez minutos.
Com medo de represália, a mãe da jovem deixou para registrar o Boletim de Ocorrência dias depois. No entanto, Thissiane não fez questão de ir à delegacia prestar queixa, porque quer esquecer a história. “Sinceramente, eu sou muito ‘de boa’, tenho o coração mole e queria esquecer essa história”, revela.
Já a irmã mais velha, Thábata Santos, de 26 anos, diz que quer uma solução para o caso e a punição da acusada. “Eu vou levar minha irmã para dar o depoimento dela na delegacia nos próximos dias. Isso não pode ficar assim. Já tivemos o caso de Praia Grande e a polícia precisa investigar quem fez isso”, ressalta.
Thábata acredita que a popularidade da irmã foi um dos motivos da confusão. "Minha irmã é muito odiada por aqui, pelo fato de ser muito bonita. As garotas sentem raiva dela porque os meninos curtem muito as fotos dela no Facebook. Apesar disso, ela nunca mexeu com ninguém", afirma.
Thissiane afirma que não sente raiva da agressora e que tudo não passou de inveja. “Nunca gostaram de mim, mas se eu fosse feia não me batiam, ninguém teria problema comigo”, comenta. A Delegacia da Mulher, onde o caso foi registrado, aguarda o relato da vítima para dar prosseguimento nas investigações. Fonte: com informações do G1
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