O cientista social Luiz Werneck Vianna em sua casa, no Rio de Janeiro (Foto: Stefano Martini/Editora Globo)
Um dos principais cientistas sociais do país, o carioca Luiz Werneck Vianna viu com preocupação a iniciativa da presidente Dilma Rousseff, logo no primeiro discurso depois de reeleita, de propor, mais uma vez, uma reforma política pela via do plebiscito. O caminho correto para uma reforma, diz Werneck Vianna, é pela via do Congresso Nacional. Se o governo insistir na tese do plebiscito, ele acredita que poderemos ir para uma situação parecida ao dos tempos do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de 1964. Nela, um Executivo enfraquecido tenta se fortalecer mobilizando setores da sociedade contra o Legislativo. A despeito dessa preocupação, Werneck vê um momento de virada na sociedade brasileira, em que a democracia poderá se aprofundar no país. Ele adverte, porém, que esse momento poderá se tornar “péssimo”, se as lideranças políticas não souberem jogar direito. Ele falou com ÉPOCA durante o encontro anual da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), em Caxambu (MG).
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