Fabiana Marchezi*Do UOL, em Campinas (SP)/Wagner Morente/Prefeitura de Limeira
Prefeitura de Limeira (150 km de São Paulo) retirou 102 toneladas de lixo de uma casa, no bairro Vila Queiroz
Uma força-tarefa da Prefeitura de Limeira (150 km de São Paulo), no bairro Vila Queiroz, retirou 102 toneladas de lixo de dentro da casa de uma idosa de 64 anos. O mutirão de limpeza e retirada dos resíduos levou oito dias e lotou 44 caminhões. O material, que tomava os seis cômodos e o quintal da residência, foi levado ao aterro municipal.
Nesta sexta-feira (7) funcionários da prefeitura estão reconstruindo o muro da casa, que precisou ser derrubado para que uma retroescavadeira conseguisse chegar até o lixo.
A prefeitura só realizou a retirada do lixo após uma ordem judicial que permitiu acesso à casa, uma vez que o local apresentava risco à saúde pública.
A idosa, que mora com dois filhos, já havia sido multada duas vezes por acumular lixo e não permitir a entrada dos fiscais na casa. A prefeitura recebe notificações de problemas do tipo na casa desde 2009.
"Apesar de ser lúcida, a moradora tem uma compulsão muito forte por acumular objetos diversos. Para que isso não volte a ocorrer vamos continuar visitando a residência mensalmente e vamos fazer um acompanhamento especial à idosa e aos filhos", disse Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses da cidade.
O mutirão de limpeza começou na terça-feira (28) e removeu garrafas pet, caixas de papelão, embalagens vazias, panos, roupas sujas, além de móveis antigos, tecidos, bolsas, itens de cozinha, entre outros.
O quarto da idosa, por exemplo, estava tomado por lixo. O único lugar que não tinha resíduo acumulado era a cama, mas mal dava para entrar no cômodo, lotado de roupas, caixas de papelão, toalhas e panelas.
A força-tarefa contou com as secretarias de Serviços Públicos e da Fazenda, a Vigilância Sanitária (Visa) e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e teve apoio da Guarda Civil Municipal, Defesa Civil, do Centro de Promoção Social (Ceprosom) e do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), que fazem acompanhamento da idosa.
Segundo a Administração, "a idosa já era atendida [pelo Creas] e durante o trabalho de remoção do entulho, recebeu todo o atendimento médico necessário".
A identidade da mulher não foi divulgada. Ao menos um dos filhos dela a ajudava a acumular coisas.
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