Parlamentares da CPI mista da Petrobras firmaram um acordo para blindar políticos citados durante as investigações do esquema de pagamentos de propina com recursos da estatal. Na lista de 835 requerimentos de convocação e convites apresentados, há nomes tanto do PT quanto da oposição. Entre eles, da presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente Lula (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB). Nenhum dos pedidos foi apreciado pela comissão. O PT conseguiu barrar convocações como a da senadora paranaense Gleisi Hoffmann, a do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. O PSDB agiu para evitar a ida à CPI do empresário Leonardo Meirelles, apontado como laranja de Youssef. Meirelles disse à Justiça Federal que parlamentares tucanos também receberiam propina do esquema. Relator da comissão, Marco Maia (PT-RS), explicou que o plano de deixar de fora alguns dos personagens foi combinado em reunião preliminar, antes da sessão desta quarta-feira (5). "Gente, foi um acordo político, feito por todos os presentes, que se resolveu, em função da falta de densidade das denúncias, não produzir nenhum tipo de oitiva neste momento", disse. O deputado do PSDB de São Paulo Carlos Sampaio justifica que vai se chegar aos nomes dos políticos quando o Congresso tiver acesso aos conteúdos das delações premiadas. "Decidimos excluir os agentes políticos e os citados nas delações premiadas. Abrimos mão de ouvir Gleisi e Vaccari. Todo mundo concordou", disse Sampaio. Informações da Folha.
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