Bolsistas do Prouni tiveram notas maiores no Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes.
Uma Pesquisa aponta que estudantes que recebem benefício integral do ProUni conseguiram melhores resultados no Enade, que avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação.
As exigências para se manter no programa podem explicar o bom desempenho
O estudo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior, Abraes, mostra que quem recebe o benefício integral tem média de acertos de 49,3%, enquanto o rendimento médio dos acadêmicos em ensino público é de 47,7%.
A pesquisa é baseada nos microdados do Inep, autarquia ligada ao Ministério da Educação (MEC), em referência aos anos de 2010, 2011 e 2012.
O estudo não faz diferenciação da nota em relação ao curso do aluno.
Os pesquisadores justificam que o recorte da amostra é necessário para gerar “dados de maior confiabilidade”.
Eles consideraram apenas os alunos que se dedicaram a responder às questões da prova, sem deixar uma seção inteira em branco.
Mas esse estudo também deixa claro que o estudante tem um avanço considerável na nota quando recebe o ProUni de forma integral.
De acordo com os anos avaliados pela pesquisa, os que receberam o incentivo parcial apresentaram percentual de acertos de 43,91%.
A nota bruta é superior à média geral de 43,19%, mas fica abaixo do resultado dos acadêmicos das públicas, 47,7%.
Exemplo
Para a administradora de empresas Adriana Inocêncio, de 31 anos, era válido fazer qualquer sacrifício para se manter com a bolsa integral do ProUni, durante os quatro anos de curso.
“Acordava de madrugada para estudar. Botava o despertador para 3h, 4h e emendava o dia”, lembra.
Adriana, que se formou no ano passado na Facitec em Taguatinga, a 25 km de Brasília.
Ela é casada, tem dois filhos e a renda da família não passa de R$ 2 mil por mês.
“Não tinha condições de pagar uma faculdade. Quando tive essa oportunidade, vi a chance de melhorar e dar uma vida melhor para os meus filhos.”
Natural do Distrito Federal, Adriana foi criada pela mãe, que não completou nem o ensino fundamental.
“Foi uma grande alegria para ela eu me formar. É filho de pobre fazendo faculdade.”
A dedicação de Adriana incentivou o marido Alessandro Rosa Gomes, de 38, a também tentar a bolsa. O vigilante está no segundo semestre do curso de enfermagem. Com informações do Estado de Minas.
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