Mais uma vez, a exemplo de algumas recentes medidas de incentivo ao consumo, promovidas pelo governo, percebemos a preocupação com o futuro das empresas, uma vez que, na "ponta" da situação, o reflexo vai acabar sobrando na conta do trabalhador. A medida provisória (MP) 651, concede uma série de incentivos fiscais, desonerando a folha de pagamento para 59 setores da Economia, mas os parlamentares ainda têm que votar 11 destaques, que foram incluídos ou retirados da MP. Existe uma preocupação por parte do governo, pois com a desaceleração da economia no setor industrial, por exemplo, aumenta a rotatividade no mercado de trabalho, e consequentemente a média dos salários acaba diminuindo, comprometendo o crescimento dos rendimentos nos últimos meses e isso acaba refletindo no consumo.
. No comércio, percebemos um baixo patamar de crescimento. As previsões apontam para o pior quarto trimestre dos últimos oito anos.
. Temos por exemplo, o reflexo das vendas voltadas para o Dia das Crianças que mesmo com um crescimento de 1,8% nas vendas, houve um recuo de 1,5% com relação a 2013, além de ter sido o pior desempenho dos últimos cinco anos.
. Ao acompanharmos as previsões de diversos setores, sabemos que o ano já está comprometido negativamente com relação ao crescimento do PIB e com as projeções da inflação que estão beirando o teto estabelecido pelo Governo. Portanto, nada melhor do que os parlamentares apressarem a votação - e que a medida possa, ao menos, amenizar alguns dos efeitos negativos previstos para 2014.
*Milton Pignatari professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. por Polibio Braga
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