O coordenador de atendimento escolar da 9ª Diretoria Regional de Educação (Direc) informou, nesta terça-feira (2), que as mais de duas toneladas de alimentos para merenda escolar apreendidas em mercados de Teixeira de Freitas, município localizado a cerca de 690 quilômetros de Salvador, não seriam destinados às escolas das redes estadual e municipal. "Afirmamos que esses alimentos não iriam para escolas da rede estadual. Já sabemos que, segundo o secretário municipal de educação de Teixeira de Freitas, as escolas do município não recebem esses alimentos. Restam agora as informações dessas outras instituições que administram as escolas na nossa região", afirmou. De acordo com o responsável pela 8ª Coordenação de Polícia do Interior (Coorpin/Teixeira de Freitas), Marcus Vinícius Almeida Costa, os trabalhos de investigação estão voltados em identificar a origem dos alimentos. "Essa situação de flagrante resulta na apreensão e segue uma investigação paralela para poder investigar qual a origem desse material que foi apreendido para saber o que aconteceu", declarou. Segundo a Coorpin, o próximo passo da investigação é entrar em contato com fabricantes e embaladores dos alimentos para saber qual era o destino destes produtos. O dono dos três mercados onde foram identificadas a comercialização dos alimentos de merenda escolar ainda não foi localizado. Três gerentes foram presos em flagrante, mas negam participação na fraude. "Eu não sei de onde veio, como chegou. Se era de programa de merenda, eu também nunca tive a curiosidade de olhar nada de verso de produto. E também eu jamais achei que fosse produto de merenda escolar", contou um dos gerentes preso, que não quer ser identificado. Segundo a polícia, o empresário e os três funcionários vão responder por receptação dolosa qualificada. Se condenados, eles podem pegar até oito anos de prisão. (G1)
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