Roberto Stuckert Filho/PR * Estadão Conteúdo
Presidenta Dilma Rousseff durante posses de Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, nos cargos de Presidente e Vice-Presidente do STF e do CNJ
Brasília - O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assume na noite desta segunda-feira, 22, a Presidência da República no lugar da presidente Dilma Rousseff, que embarca para Nova York.
Dilma discursará na Cúpula do Clima, nessa terça, 23, e participará da abertura da Assembleia Geral da ONU, na quarta-feira.
A manobra foi decidida de última hora, enquanto a presidente Dilma estava em Minas Gerais.
O objetivo foi evitar que, na sua ausência da Presidente da República, o vice-presidente Michel Temer, candidato a permanecer no posto, em caso de reeleição de Dilma, assumisse o Planalto e houvesse alguma representação da oposição, tornando-o inelegível.
"Para evitar o risco de inelegibilidade, o vice-presidente Temer fará uma visita ao Uruguai", informou um interlocutor da presidente.
A articulação foi necessária porque o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disputa a eleição neste ano.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também está impedido de assumir a presidência porque Renan Filho disputa a eleição ao governo de Alagoas.
Para acertar a necessidade de Lewandowski permanecer por dois dias à frente do Palácio do Planalto, Dilma telefonou para o presidente do TSE e lhe explicou o que estava ocorrendo.
Lewandowski concordou e, assim que Dilma deixar o espaço aéreo brasileiro esta noite, ele assume automaticamente o cargo, por dois dias. Dilma volta na noite de quarta feira, 24, ao Brasil.
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