Assistente de doleira diz à PF que Itaú, Bradesco, Santander e BB ajudaram em operações ilícitas

Um assistente da doleira Nelma Kodama, Luccas Pace Junior, informou em depoimento à Polícia Federal que os bancos Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander, ajudaram-na a fazer operações ilícitas. Ele disse que as instituições financeiras aceitam as movimentações de empresas “que não têm sede, não têm funcionários” e transações que envolvem mais dinheiro do que seria esperado para um mês. De acordo com a lei brasileira, os bancos são obrigados a checar se a origem do dinheiro movimentado por seus clientes é lícita – o chamado “know your client” (do inglês, conheça seu cliente) – e a recusa ao procedimento é considerada crime. Em delação premiada, Pacce Junior, contou à polícia que cuidava há oito anos das operações de câmbio de Nelma, que foi presa poucos dias antes da PF deflagrar a operação Lava Jato. Ela foi detida no aeroporto com 200 mil euros escondidos na calcinha e no corpo. O banco do Brasil afirmou em nota que “cumpre integralmente a legislação em vigor e adota controles rigorosos de prevenção e combate à lavagem de dinheiro”. O Itaú disse que “não vai comentar o assunto” e o Bradesco informou que “não comenta assuntos que estejam sob investigação pelas autoridades”, afirmativa semelhante a do banco Santander, que acrescentou que “segue rigorosamente todas as leis brasileiras e internacionais”. Com informações do Folha de S. Paulo.