"O imposto único reduziria a corrupção, a sonegação e as fraudes", declarou há poucos dias o ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, no programa eleitoral do PP. Como naquele dia ele estava preso por suspeita de sonegação, a fala de Paulo Octávio foi retirada da propaganda. Realmente, não tinha qualquer lógica manter aquela declaração;
A declaração está cheia de lógica. O porta-voz é que não está credenciado para transmiti-la. Há bastante tempo surgiu a ideia do Imposto Único. Sobre o pagamento de qualquer compra ou serviço incidiria uma alíquota única que seria repartida entre a União, Estado e o Município onde ocorresse o fato gerador;
Isso era para se beneficiar com um percentual maior os municípios, partindo do princípio de que o cidadão não mora num país ou num estado, mas sim numa cidade. Na discussão da Constituição de 1988 um grupo de constituintes foi intitulado de Municipalista. A ideia foi aproveitada para se criar a famigerada CPMF, cujo "P" era de PROVISÓRIA, transformando-se depois em PERMANENTE, até Lula ser fragorosamente derrotado com a extinção dela;
O fato é que Paulo Octávio falou algo positivo que pode voltar a ser discutido. Mas, quem acha que nossos políticos estão a fim de votar algo que evite a corrupção pode acordar, embora sonhar não gere nenhum custo. Lembramos mais uma vez que Papai Noel só chega em dezembro. por Airton Leitão
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