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domingo, 1 de junho de 2014

"Mau humor é mais contagioso do que gripe", diz especialista

Submetida diariamente a uma enorme carga de besteiras praticadas pelas duas crianças da minha casa, tem hora que eu também esqueço de resgatar o bom humor do barco alegre que navegava antes de naufragar em meio às cobranças cotidianas. Vida de pai e mãe não é fácil. Vou poupá-los dos detalhes.

Para esclarecer dúvidas sobre contágio do mau humor, procedimento com crianças que perdem o fôlego rindo e saber de uma vez por todas se há sinal de bipolaridade na criança que para de chorar de repente para gargalhar, conversei longamente com um especialista.

Wellington Nogueira tem 53 anos, é casado, tem um filho e mora em São Paulo. Ele é um Besteirologista conhecido como Doutor Zinho. Especializou-se em Artes Cênicas e tornou-se palhaço por vocação. Em 1991, ele fundou a ONG Doutores da Alegria, uma equipe multidisciplinar com mestres em simpatias e "com fusões", gente que sempre achou a medicina legal e a doença chata. Visitam crianças em hospitais falando as maiores asneiras - os palhaços, não as crianças - em nome de um objetivo legítimo: fazer sorrir. E parece que os hospitais nem sempre têm remédio para isso.

Contaminados por boa vontade e amor ao próximo, eles conseguem autorização para circular junto a pacientes e seus familiares, mudando o clima refrigerado das instalações médicas para um ambiente caloroso onde gargalhadas costumam ser ouvidas entre um bip e outro dos equipamentos. Consta de seu currículo que ele nasceu em Nova Iorque como Calvin Klown, "consultor de moda para pessoas de bom gosto, mau gosto e sem gosto". No Brasil, mudou de nome e implantou a Besteirologia nos hospitais. Dr. Zinho também sabe descruzar palavras cruzadas. Adora bagunça. Ele pegou emprestada uma frase de uma besteirologista para explicar que "criança doente é um anjo torto", como os palhaços. Por isso essa relação dá tão certo.

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