O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa negou, em entrevista à Folha de São Paulo, que houve superfaturamento na compra da refinaria Abreu e Lima pela estatal e disse que a companhia “errou” ao se basear em uma “conta de padeiro” para efetivar o negócio, ao usar como base de cálculo a quantidade de barris de petróleo que o empreendimento seria capaz de produzir. “A Petrobras pegou uma refinaria no golfo do México e falou: quanto custa o preço por barril para construir uma refinaria lá? Custa US$ 15 mil, US$ 20 mil. Se fosse US$ 15 mil por barril, e Abreu e Lima produzisse 200 mil barris, a obra ficaria em US$ 3 bilhões. Essa é uma conta de padeiro. As condições aqui são muito diferentes das do golfo do México. A Petrobras errou. Divulgou o valor de US$ 2,5 bilhões sem saber quanto a refinaria iria custar, sem ter um projeto”, criticou o ex-dirigente. Apesar de admitir ser dono do orçamento da refinaria, Costa diz que não mandava na obra. “Os contratos têm de ser aprovados pela diretoria colegiada: o presidente e sete diretores. Quem levava esses documentos é o diretor da área de serviços, não a minha diretoria”, afirmou. O ex-diretor negou terr conhecimento de que os fornecedores da refinaria fizeram depósitos de propinas na conta do doleiro Alberto Youssef. Ele afirma ter conhecido o agente em 2007 e, em 2013, recebeu um carro, um Land Rover Evoque, por pagamento de serviços de consultoria na compra da Ecoglobal, que estava prestes a assinar um contrato com a Petrobras. “Minha participação em lavagem de dinheiro e remessa para o exterior é zero”, defendeu. Informações da Folha de S. Paulo.
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