Ativistas feministas indianas gritam palavras de ordem em frente a palácio governamental em Nova Déli, em protesto contra o estupro coletivo e morte de duas adolescentes da casta dalit (intocáveis)
Em meio à onda de ataques coletivos na Índia, Babulal Gaur, ministro encarregado por lei e ordem no Estado de Madhya Pradesh, disse que às vezes o estupro é errado e em outras vezes é certo. O político é integrante do mesmo partido do primeiro-ministro do país, Narendra Modi.
Gaur, que faz parte do Partido Janata (BJP, na sigla original), disse ainda que o estupro só pode ser considerado crime depois que for denunciado à polícia.
"Isso é um crime social que depende do homem e da mulher. Às vezes é certo, às vezes é errado", disse Gaur. "Até haver uma denúncia, nada aconteceu", afirmou a repórteres.
Casos de estupro na Índia
Estudantes da Jawaharlal Nehru University protestam depois que duas adolescentes foram estupradas e enforcadas da na vila Katra, em Nova Déli, na Índia. Os corpos das duas adolescentes de 14 e 15 anos, apareceram pendurados em uma árvore. Um oficial do governo afirmou que dois policiais foram demitidos por não responderem a denúncia do desaparecimento das meninas Leia mais Manish Swarup/AP
O primeiro-ministro do país ainda não se pronunciou sobre a morte de duas adolescentes dalits indianas, da casta dos intocáveis, que sofreram um estupro coletivo e foram enforcadas na cidade de Katra, no Estado de Uttar Pradesh.
Apenas três suspeitos –de 30 que teriam praticado o estupro– foram presos. Dois policiais que tentaram acobertar o crime também estão detidos.
A cada 21 minutos, um estupro é denunciado à polícia na Índia, mas os crimes raramente são investigados, de acordo com grupos de defesa à mulher, porque são cometidos contra dalits. (Com agências)
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