Câmbio: o real saltou 6,6% neste ano em relação ao dólar
Os investidores pessimistas em relação ao real estão sendo prejudicados pela aposta da presidente Dilma Rousseff no uso da moeda para domar a inflação antes das eleições de outubro.
O real saltou 6,6 por cento neste ano em relação ao dólar, o melhor desempenho entre as 16 moedas mais negociadas, após negociantes de opções aumentarem as apostas baixistas para um nível próximo do recorde.
Bancos como o Citigroup Inc. e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA dizem que os estrategistas do Banco Central do Brasil, procurando dar um fim à maior sequência de aumentos nos custos de empréstimos do mundo, confiarão em vez disso em uma moeda mais forte para conter a inflação.
Os aumentos dos preços ao consumidor aceleraram para mais de 6 por cento no mês passado, depois que a pior seca em meio século elevou os preços dos alimentos, contribuindo com a queda de Dilma nas pesquisas antes da eleição.
“A gestão cambial provavelmente terá um papel na estratégia política do governo com a aproximação das eleições”, disse Michael Henderson, analista da Maplecroft Global Risk Analytics em Bath, Inglaterra, em resposta enviada por e-mail a questões, em 10 de abril.
“Eu não tenho dúvida de que Dilma Rousseff e companhia abrirão uma caixa de ferramentas pouco ortodoxa e farão o que for necessário para parar a inflação”.
O real subiu 0,8 por cento na semana passada, para 2,2187 por dólar, em sua quarta valorização consecutiva, a mais longa sequência de aumentos desde fevereiro de 2013. Seu avanço neste ano é maior do que qualquer ganho trimestral desde o período de três meses terminado em setembro de 2010, quando a moeda saltou 7 por cento. Blake Schmidt e Filipe Pacheco, da /REUTERS/Bruno Domingos
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