De repente, por uma fatalidade, sua vida muda. De astro do rock, você vira nada. Nem anda mais. O chão, literalmente, falta aos pés. É como se tudo ficasse escuro. Isso aconteceu com Marcelo Yuka, ex-baterista da banda O Rappa.
Novembro de 2000. Nove tiros. Um dos mais contundentes e brilhantes músicos da geração 90, Marcelo Yuka, na época compositor e baterista da banda, viu a vida se transformar ao ser alvejado por bandidos. Até então, sua trajetória seguia o caminho do melhor dos sonhos e, como ele mesmo diz, “sonho de ninguém comporta a realidade de ter virado um aleijado”.
Naquela hora, teve a certeza de que não morreria, mas seria preciso renascer.
Essas palavras estão no livro Não se Preocupe Comigo, Marcelo Yuka e Bruno Levinson.
Perdeu a força para a bateria, perdeu a mobilidade para viajar com o grupo, mas, o pior de tudo: foi demitido da banda que ele próprio ajudara a criar.
Amigo de bandido, de político, de policial, Marcelo Yuka se reinventou como artista e como pessoa.
Sua preocupação social o manteve em cena. No processo de recuperação, convive até hoje com dores lancinantes e tem dificuldade para executar tarefas simples. Porém decidiu experimentar novas possibilidades: na música, nas artes e até na política.
Yuka faz um relato de alma, mantendo um compromisso raro com a verdade de suas angústias e alegrias.
Apesar das dores dos anos, Yuka manteve uma sensação de juventude pulsante que o fez seguir criando. E mesmo que sua história possa indicar o contrário, ele não abandonou a crença de que o melhor ainda está por vir. Fonte: Com informações do R7
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