Do G1 RJ
O Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, acumula 40 corpos de bebês em seu necrotério, como mostrou o Fantástico deste domingo (13). Em alguns casos, a demora ultrapassa 4 anos. Referência de partos, a unidade apresenta uma situação "estarrecedora de corpos mal armazenados", nas palavras da promotora Ana Cristina Huth Macedo.
Quinze dos corpos encontrados pela reportagem sequer tinham identificação. Em todos os casos, o Ministério Público investiga se houve falha das famílias ou do hospital. "A gente precisa entender porque eles estão nesta situação", resumiu a promotora.
Para Rodolfo Acatuassú Nunes, diretor do hospital, a polêmica faz parte de um problema social: mães que não procurariam os filhos após a morte — embora ele tenha admitido a falha do hospital. O MP, no entanto, pontua que, nestes casos, a Justiça deve ser avisada para recolher os corpos.
De qualquer forma, Nunes prometeu mudar o procedimento para garantir que o problema não se repita. "Na nossa concepção esta mudança de rotina vai sedimentar para que isto não aconteça mais", afirmou. Ainda assim, ele será intimado a prestar depoimento.
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