Uma planilha apreendida pela Polícia Federal no escritório do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro, aponta um dos modos como agentes públicos podem ter recebido propinas de empreiteiras que firmaram contratos com a Petrobras. No documento, está registrado o repasse de R$ 31 milhões por dois consórcios e uma empresa a empresas controladas pelo doleiro Youssef. As empreiteiras foram contratadas para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, pela estatal. Os consórcios CNCC (formado por Camargo Corrêa e Cnec) e Conest (Obebrecht e OAS) e a Jaraguá Equipamentos negam ter negócios com as empresas de Youssef. O presidente da Jaraguá, no entanto, admitiu, em entrevista ao jornal O Globo, ter pago comissão ao doleiro. A suspeita da PF é de que os valores listados na planilha sejam propinas para funcionários públicos e políticos que ajudaram as empreiteiras a conseguir os contratos para as obras da refinaria pernambucana. O Tribunal de Contas da União (TCU) já apontou indícios de superfaturamento nos investimentos pagos na Abreu e Lima. O empreendimento foi orçado em US$ 2 bilhões, em 2007, quando a construção foi iniciada, e deve chegar a cerca de US$ 18 bilhões. Com informações da Folha.
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