Um casal gay que vive em Piracicaba (SP) reclama ter sofrido constrangimento devido à publicação do edital de proclamas para o casamento, marcado para o dia 30 de abril. A queixa é que o cartório de registro civil publicou em um jornal da cidade os dados de um deles como se fossem de mulher, tratando-o como "ela", "solteira", "nascida", "filha" e "domiciliada". Há 14 anos juntos, o engenheiro civil de 44 anos e o corretor de imóveis de 45 têm vivido situações que demonstram a falta de "adaptação" da sociedade à união homoafetiva. Apesar das dificuldades, o casal organiza uma cerimônia para 200 convidados e está na etapa final no processo para a adoção de uma criança. O engenheiro destacou que o processo de união é pago e, por isso, exige um tratamento apropriado. "É um serviço que estão prestando, eu paguei e quero receber tudo da maneira que escolhi. Pode não ser grave, mas criou um constrangimento", disse.O casal, que não quis se identificar, relatou que no cartório a diferença na identificação dos gêneros foi tratada apenas como um detalhe. O que, na visão deles, não é. "Não estou acusando o cartório de discriminação, mas me arrasou ver o proclame da forma como foi feito. É um documento simples, basta modificá-lo em cartório. Sem falar que no formulário tem questões como 'padrinhos da noiva'", disse o corretor. O companheiro dele afirmou ainda que deve procurar o cartório para insistir que haja modificações nos documentos. "É algo relativamente simples de ser feito, então por que não fazer?" (Voz da Bahia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário