O ex-governador da Bahia, Paulo Souto (DEM), pré-candidato ao Palácio de Ondina, demonstrou estar pronto para enfrentar a máquina estadual nas próximas eleições.
Sem temer as comparações, que devem ser feitas entre o seu governo e o atual, o democrata partiu para cima da administração Jaques Wagner (PT) durante entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira. “Não se pode submeter os interesses do governo e do povo aos interesses do partido ao qual nós pertencemos.
Não é possível aceitar, por exemplo, decisões que prejudiquem a Bahia só porque elas emanam de partidos do governador e presidente que estão no poder. Não é possível. Isso é a negação da função de um governador. Colocar os interesses de um estado e do povo acima de um partido é uma coisa fundamental. Parece Simples mais nem sempre acontece. Outro dia, no lançamento da chapa eu perguntei: ‘afinal de contas que alinhamento é esse e a Bahia é o único estado do Nordeste onde a BR-101 não está sendo duplicada’. Para que serviu isso? Quando eu falei e Aécio prometeu tocar essa duplicação estão dizendo que a presidente vai assinar o edital de duplicação da BR-101”, declarou.
Souto citou o falecido senador ACM como “um exemplo admirável de luta pela Bahia” e usou como exemplo de administração a gestão do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) comparando a do PT. “A complexidade de uma administração tem que corresponder a capacidade do administrador. (…) Eu não consigo ver um governo que pode ter êxito se ele não tiver um avanço na qualidade dos serviços para a sua população. Hoje, quando tem um problema de saúde as pessoas não procuram a Secretaria, procuram o Ministério Público. Se estivesse tudo resolvido as televisões não estavam mostrando as mulheres dando à luz na frente das maternidades. Outro dia eu fiz uma análise de muitas dessas obras que estão aí se arrastando, que começam e são paralisadas. A grande parte dela foi lançada às vésperas das eleições, para iludir as pessoas de que elas iam começar imediatamente. Não é possível tratar as coisas dessa forma”,desabafou.
Sobre o discurso de que o pré-candidato petista, Rui Costa, apresentado como ‘o novo’ para capitalizar votos em cima do desconhecimento dele, Souto não demonstrou preocupação. “O novo é a capacidade de nós nos adaptarmos a cada momento, saber ouvir o que cada momento exige”. A força do candidato governista no interior da Bahia foi minimizada por Souto, que disse perceber que o contexto político atual favorece a oposição, principalmente nos municípios. “As lideranças e os prefeitos já começam a nos procurar porque eles estão sentindo um pouco qual é o sentimento da opinião pública. Alguns deles estavam afastados de nós, a gente entende que por circunstâncias de natureza política, por conta das dificuldades das prefeituras, mas disse a eles que estou de braços abertos para recebê-los”, concluiu. Emerson Nunes
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