"(...)Neste fim de semana, The New York Times descobriu que o colosso ferroviário só esbanja saúde no Brasil Maravilha registrado em cartório, e que os trens nunca apitaram fora dos vídeos institucionais. “A mais de mil milhas ao norte das praias do Rio e dos arranha-céus de São Paulo está a multimilionária Ferrovia Transnordestina”, informa o jornalista Simon Romero na vídeoreportagem. “A longa e sinuosa estrada de ferro deveria transportar grãos de soja do empobrecido interior do Brasil para os locais de exportação. Há 18 anos em construção, é uma sequência de estradas de terra e pontes abandonadas – um dos muitos grandes projetos que foram abandonados com a desaceleração da economia brasileira”.
Depoimentos de moradores da região confirmam as desoladoras constatações feitas pelo jornal mais influente do mundo. “Juscélia e José Luiz são lavradores em Contente, uma remota cidade cortada pela rodovia”, exemplifica Romero. “Em nome do que chamaram de progresso, eles tiveram sacrificados seus campos, suas vilas e seu modo de viver”. Outros trechos expõem a incompetência do governo. ”Ninguém em Contente foi indenizado pelas terras destruídas”, denuncia Romero. “O campo era a principal fonte de frutas frescas e vegetais. Agora, está seco e se tornou inútil”.
Depois de enfatizar que ninguém sabe se e quando a obra será concluída, o correspondente do NYT desmonta as fantasias do vídeo institucional de 2012: “Cruzando as terras dos sertões ao litoral, a locomotiva do futuro vai transportar riquezas e criar novos sonhos para uma gente ansiosa em ser protagonista de uma nova história”. Pelo andar das obras, essa gente ansiosa em ser protagonista será novamente coadjuvante de mais um fiasco nascido da aliança entre a inépcia administrativa e a corrupção política." ( Coluna do Augusto Nunes)
O New York Times descobre que a Ferrovia Transnordestina é outro fiasco, só a gastança com a construção começou em R$ 5,4 bilhões, saltou para R$ 6,72 bilhões e acabou de chegar a R$ 7,5 bilhões. VEJA
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