Entre camarotes e abadás que chegam a custar R$ 1,8 mil, os famosos cordeiros passam quase despercebidos. Por dia, eles recebem R$ 45, além de biscoito e água, para segurarem as cordas dos blocos durante o percurso de cerca de quatro horas, embaixo de sol e chuva. Mas eles ainda enfrentam outros problemas. Segundo a desempregada Cátia Sueli, em entrevista ao UOL, ela já chegou a passar fome no circuito. "A gente chega aqui cedo sem almoçar e eles nos dão biscoitos, o que não nos alimenta. E nós não temos dinheiro para comprar comida quando saímos daqui", lamentou. Carlos Augusto, cordeiro há 15 anos, conta que já apanhou da polícia. "Os foliões empurram e fazem zona. O policial nunca vai achar que foram eles e sentam o cassetete em nós", disse. De acordo com a Prefeitura de Salvador, a responsabilidade por cordeiros é dos blocos. No entanto, o órgão estabelece normas para que essas pessoas tenham qualidade de vida no trabalho. "Eles precisam fornecer equipamentos como luvas, camisetas e bonés. Além de protetor solar", disse a assessoria de imprensa da prefeitura. No entanto, somente dois de 15 entrevistados pela reportagem receberam protetor solar. http://www.bahianoticias.com.br / Foto: Reprodução
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