A balança comercial brasileira registrou saldo negativo de US$ 2,125 bilhões em fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira, 6, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O déficit comercial é fruto de exportações da ordem de US$ 15,934 bilhões; e importações de US$ 18,059 bilhões. Foi o pior resultado para o mês da série histórica do MDIC, iniciada em 1994.
O resultado, embora negativo, foi melhor que o de janeiro, quando houve o maior rombo da história. Os dados deste mês também vieram melhor do que o esperado pelos analistas do mercado.
No acumulado do primeiro bimestre de 2014, o saldo ficou negativo em US$ 6,183 bilhões, também o pior resultado para um primeiro bimestre. As exportações no ano somam US$ 31,960 bilhões e as importações, US$ 38,143 bilhões. O secretário de comércio exterior do MDIC, Daniel Godinho, disse que os problemas enfrentados pela Argentina e pela Venezuela ainda não afetaram a balança comercial brasileira com estes países. O Brasil registra superávit comercial com os dois parceiros no primeiro bimestre de 2014.
Godinho reafirmou que sua expectativa é de crescimento das exportações nos próximos meses. Segundo ele, as vendas externas no primeiro bimestre de 2014, de US$ 31,960 bilhões, tiveram o segundo melhor resultado para o período na série histórica.
O secretário avaliou que o aumento da quantidade embarcada de produtos básicos deve compensar a queda nos preços de commodities. "O cenário para este ano é de queda. Mas temos que ver o comportamento para cada um dos produtos. Alguns preços em queda estão sendo compensadas pelas quantidades exportadas", afirmou.
Godinho disse ainda que deve haver aumento, por exemplo, na quantidade de exportação de minério de ferro. "A demanda chinesa ainda é muito aquecida", disse.
Exportações e importações. Fevereiro de 2014 teve 22 dias úteis, ante 18 dias em fevereiro de 2013, o que causa algumas aparentes distorções. As exportações brasileiras registraram aumento de 2,5% no mês passado em relação a fevereiro de 2013, mas pela ótica da média diária houve queda de 7,8%.
No acumulado do primeiro bimestre, as vendas externas acumulam alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mas pela média diária caem 3,4%.
As compras no exterior de combustíveis e lubrificantes aumentaram 7,9% em relação a fevereiro de 2013, mesmo com a base de comparação elevada. Em fevereiro de 2013, as importações foram reforçadas em US$ 860 milhões pelo registro atrasado de operações realizadas pela Petrobrás em 2012.
As importações de bens de consumo subiram 2% enquanto que as compras de bens de capital caíram 13,1% e as de matérias-primas e intermediários tiveram retração de 5,1%. Nas importações, o crescimento registrado no mês passado foi de 7,3% ante fevereiro de 2013, mas tiveram queda de 3,4% pela média diária.
Nos dois primeiros meses desse ano, o Brasil aumentou suas compras no exterior em 3,6%, mas pela média diária há uma retração de 1,4%.
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