Veja - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), é um defensor do apoio do PMDB à reeleição de Dilma Rousseff. Mesmo após as derrotas impostas pelos partidos aliados à presidente, o deputado diz que não há chance de os peemedebistas abandonarem a aliança reeleitoral com o PT. Se atua como bombeiro no atacado, Alves engrossa no varejo as fileiras incendiárias comandadas pelo colega Eduardo Cunha (RJ), considerado inimigo figadal do Planalto. Em entrevista ao site de VEJA, ele diz que o governo prioriza o PT em detrimento das demais siglas aliadas, razão central da rebelião deflagrada esta semana no Congresso.
“O problema é existir um partido que leva quase tudo no governo enquanto o restante da base fica com quase nada”. Com 43 anos de mandato parlamentar, Alves avisa que os peemedebistas e os integrantes do chamado blocão reagirão ao projeto de poder hegemônico dos petistas, que prevê, inclusive, a retomada do comando da Câmara. Aproveita ainda para provocar: “O PMDB é fisiológico com cinco ministérios? E o partido que tem dezessete ministérios é o quê? Se tem fisiologismo, não é no PMDB”.
“Queremos participar da discussão dos projetos, das questões administrativas e das agendas políticas nos estados. Hoje, não participamos. Há muitas coisas que são feitas para o PT sem o conhecimento do PMDB. Esse é o motivo da insatisfação atual”, disse Henrique.
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