Em visita a uma escola de Washington, Barack Obama conversou com jornalistas sobre a crise na Ucrãnia (Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (5) que o presidente russo, Vladimir Putin, "não tem direito" de usar a força para intervir na Ucrânia, e reiterou que a Rússia está "violando leis internacionais". "Acho que todo o mundo reconhece que, embora a Rússia tenha interesses legítimos no que ocorre em um Estado vizinho, isso não dá direito a utilizar a força como meio para exercer influência", disse. Segundo Obama, além dos Estados Unidos, Japão, Canadá e países da União Europeia também compartilham da mesma opinião sobre o desdobramento de tropas russas na região ucraniana da Crimeia.
Obama, que estava em visita a uma escola de Washington, anunciou ainda a suspensão de toda cooperação militar com a Rússia por sua intervenção na Crimeia, o que inclui encontros bilaterais, manobras conjuntas e conferências.
Ajuda financeira
Tanto os Estados Unidos como a união Europeia ofereceram ajuda econômica à Ucrânia. Obama anunciou que disponibilizará um subsídio de cerca de US$ 1 bilhão para energia. A Comissão Europeia propôs uma ajuda financeira de pelo menos 11 bilhões de euros (R$ 35 bilhões) nos dois próximos anos para recuperar economia local e contribuir para uma saída pacífica para a crise no país.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chega a Paris para se reunir com diplomatas da União Europeia, Rússia e Ucrânia para discutir a crise na Crimeia (Foto: AP Photo/Michel Euler)
O secretário de Estado americano, John Kerry, também condenou"o ato de agressão" russa na Crimeia e expressou o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. Para Kerry, a crise na Ucrânia deve ser resolvida pela via da diplomacia e do diálogo. Na terça-feira (4), o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que existe a possibilidade de enviar tropas às regiões orientais da Ucrânia, que têm uma população majoritariamente ligada à Rússia, se a situação assim exigir."Qual pode ser o motivo para o uso das forças armadas? Certamente um caso extremo", disse. Nesta quarta-feira (5) Kerry se reunirá em Paris com diplomatas da União Europeia, Rússia e Ucrânia para discutir a crise na Crimeia.
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