SEM DIÁLOGO NEM INTERLOCUTORES COM O CONGRESSO, GOVERNO ESTÁ ÀS VOLTAS COM UM GRUPO DE DEPUTADOS QUE DECIDIRAM SE UNIR EM PLENO ANO ELEITORAL.
Em um ano que será tomado por eleições e pela realização da Copa do Mundo no Brasil, o que fatalmente se refletirá em produtividade quase nula no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff ganhou uma nova – e nada agradável – novidade em sua desarticulada base parlamentar: oito partidos anunciaram a formação de um "blocão", com 242 deputados (47% da Câmara). Das oito siglas que compõem essa massa parlamentar – PDT, PSC, PP, Pros, PMDB, PTB e PR –, somente o Solidariedade é assumidamente de oposição. Porém, a movimentação partidária alarmou o Palácio do Planalto, que agora poderá ser pressionado a negociar a aprovação dos seus projetos com um grupo que detém metade dos votos da Câmara. A esse cenário desfavorável, soma-se a inabilidade dos articuladores políticos do governo, com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) à frente, em dialogar com o Congresso, palco de sucessivas rebeliões.
Embora ainda não tenha destacado um líder para assumir a linha de frente do bloco, o principal articulador do grupo é uma antiga pedra no sapato do governo: o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar já escolheu suma primeira batalha: derrubar o projeto do Marco Civil da Internet. Com cinco ministérios, o PMDB também está insatisfeito por não ter ganhado mais espaço no governo nas mudanças feitas por Dilma até agora. *Leia mais: Veja.abril.com.br
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