"Nunca Mais Brasilientage" ocorre de março a novembro em cidades alemãs e também no Rio e em São Paulo. Programação inclui debates, palestras, mostra de filmes e exposições.
Os 50 anos do golpe de 1964, que transformou o Brasil numa ditadura militar por mais de duas décadas, estão sendo lembrados com uma série de eventos no Brasil e na Alemanha até o fim do ano. O “Nunca Mais Brasilientage” ocorre desde o início de março e é uma iniciativa do grupo teuto-brasileiro Nunca Mais – Nie Wieder.
Até o fim de novembro, o grupo organizará uma série de eventos em Berlim, Bielefeld, Bonn, Colônia, Frankfurt, Hamburgo e Leipzig, na Alemanha, e em São Paulo e no Rio de Janeiro, no Brasil.
Entre as atividades programadas estão seminários, debates, ciclos de palestras, exposições de arte e mostras de filmes e documentários, como A memória que me contam, de Lúcia Murat, e Marighella, de Isa Grinspum Ferraz.
O escritor e jornalista Bernardo Kucinski também estará na Alemanha, apresentado seu livro K.
Também está prevista uma exposição de fotos de Gustavo Germano. Intitulada Ausências, a mostra tem como tema as famílias dos desaparecidos no Brasil durante a ditadura.
O projeto consiste em recriações fotográficas nos tempos atuais de cenas registradas antes de militantes políticos desaparecerem.
Entre os assuntos abordados no Brasilientage estão os laços bilaterais entre os dois países durante a ditadura, a cultura de memória, a questão dos direitos humanos e a discriminação dos povos indígenas.
Outro tópico de debate será a cooperação econômica durante a ditadura militar e o acordo nuclear assinado em 1975 pelos dois países. Em vigor até hoje, a história desse acordo e o estado atual das políticas energéticas bilaterais também serão discutidos.
O Brasilientage tem como coordenadores os sociólogos brasileiros Luiz Ramalho e Marijane Lisboa e o jornalista e escritor alemão Christian Russau.
O evento terá um encerramento simultâneo, em novembro, em Berlim e São Paulo. A programação completa pode ser consultada no site: www.nuncamais.de. Fonte: Deutsche Welle
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