Breno Boechat
A cada dia que passa, a vacina contra a dengue se aproxima mais da população. E é com otimismo que Lucia Bricks, diretora de saúde pública da multinacional Sanofi Pasteur - uma das várias instituições que faz pesquisas sobre a dengue - fala sobre o medicamento elaborado pelo laboratório. A vacina está na terceira e última fase de testes em humanos e, se tudo der certo, pode entrar no mercado em até um ano.
Nessa etapa, a vacina é testada em mais de 31 mil pessoas, em cinco países na América Latina e cinco na Ásia. Parte dos voluntários recebe doses do medicamento, enquanto a outra toma um placebo, mas nenhuma das duas tem conhecimento do que foi consumido. Segundo Bricks, os resultados que devem ser divulgados no segundo semestre, definem o rumo das pesquisas.
- A vacina da Sanofi Pasteur está na fase mais adiantada de desenvolvimento clínico que é a fase três. Já é a terceira etapa de testes em humanos. É preciso acompanhar o desenvolvimento das pessoas que tomaram a vacina e das que tomaram o placebo. Por enquanto, são duas boas notícias: os dados de segurança que nós temos são muito bons e no segundo semestre devemos ter notícias positivas sobre a efetividade da vacina - divulga a diretoria.
Lúcia Bricks é uma das responsáveis pela pesquisa da vacina que pode sair em breve Foto: Divulgação / Sanofi Pasteur
Apesar do otimismo, ainda é difícil fazer previsões concretas de quando a vacina vai estar à disposição da população. No entanto, a pesquisadora diz que, se os resultados forem positivos, o laboratório tem condições de produzir vacinas em larga escala rapidamente.
- Ao contrário do que costumam fazer, a Pasteur decidiu construir uma fábrica com capacidade de produzir grandes quantidades de vacinas antes mesmo dos resultados finais. A fábrica, que fica na França, pode fabricar grandes quantidades de vacinas rapidamente. Se os testes forem positivos e forem aprovados pelos órgãos de saúde (aqui no Brasil é a Anvisa), podemos ter a vacina antes do que se pensa - anuncia Bricks.
De acordo com Lúcia, o laboratório estuda a produção da vacina contra a dengue há mais de 15 anos. Ao todo, mais de 40 mil pessoas, de 15 países diferentes, trabalharam ao longo desse tempo na elaboração do medicamento.http://extra.globo.com
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