Uma verdadeira e intensa sabatina. Assim pode ser definida a sessão ordinária desta quarta-feira (26/03), realizada pela Câmara Municipal de Itabuna, que debateu com o poder executivo a situação caótica em que se encontra a saúde do município grapiúna – referência regional em saúde num passado não tão distante.
O debate contou com a participação dos secretários de saúde, finanças, controladoria, e planejamento e tecnologia – respectivamente, Dr. Plínio Adry, Marcos Cerqueira, Otton Matos, e Wenceslau Júnior –, que prestaram esclarecimentos sobre a gestão da saúde de Itabuna.
A ausência do prefeito Claudevane Moreira Leite causou frisson diante o enorme público presente, e criou polêmica perante alguns edis. O vereador Gegeu Filho (PMN) se recusou a continuar na sessão sem a presença do prefeito, e acabou se retirando da sessão num ato de manifesto.
Dentre os principais assuntos abordados, a formação de uma comissão de licitação, a insuficiência de recursos físicos, humanos e materiais, bem como divergências de controle dentro da Secretaria Municipal da Saúde foram apontados como grandes obstáculos para o exercício e estabelecimento de uma saúde de qualidade no município.
O secretário Dr. Plínio Adry afirmou que um dos principais entraves da pasta estava localizado no departamento de licitação. “Com a formação agora da comissão de licitação, com certeza a situação na saúde irá melhorar ”, disse o secretário que pediu um prazo de 120 dias aos vereadores, para a implantação de melhorias aos serviços de atenção básica, e de média e alta complexidade.
O vereador Carlito do Sarinha (PTN), autor do requerimento para a sessão, também se retirou do plenário e ameaçou entrar com processo no Ministério Público, caso a situação na saúde não melhore dentro do prazo estabelecido.
De acordo com o líder do governo na Câmara, vereador Cesar Brandao (PPS), o debate se mostrou bastante positivo. “Foi um processo democrático, onde a secretaria pôde expor suas dificuldades, e acredito que até o final de abril a situação deva melhorar”, disse o edil.
Segundo o vereador Chico Reis (PRP), o secretário Adry saiu sem responder algumas questões. “A sessão de fato foi muito importante, mas algumas perguntas o secretário não respondeu: o que será feito de imediato nas unidades de saúde, porque atualmente falta água pra beber e nos lavabos, remédios, e alguns banheiros encontram-se quebrados? Falta material para as pessoas trabalharem com dignidade”, destacou o vereador.
Para o presidente da Câmara, Aldenes Meira (PCdoB), a sessão foi um momento impar na confecção de uma saúde Itabunense ainda melhor. “A sessão nos deu a oportunidade de tirar muitas dúvidas em relação à gestão da saúde, e com isso pudemos avaliar e elencar possibilidades de soluções. A partir de agora é esperar o prazo estipulado e cobrar pela implantação de melhorias”, afirmou o vereador.
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