Jornal Hoje
A filha de Cláudia as Silva Ferreira falou ao jornal "Bom Dia Rio" e mostrou sua revolta com toda a ação da polícia. A mãe dela morreu depois de ser baleada na comunidade de Congonha, no subúrbio do Rio de Janeiro, e arrastada no asfalto por, pelo menos, 250 metros, pendurada no carro da PM. “Foi só virar a esquina, virar a rua e ela deu de frente com eles. Eles deram dois tiros nela. Eles falaram que se assustaram com o copo de café que estava na mão dela”, conta Thais Lima, a filha mais velha de Claudia. Ela tem 18 anos e trabalha em um supermercado há um ano e dois meses. A jovem contou que os moradores da favela não queriam que os policiais levassem sua mãe no carro da PM. “Deram tiro pro alto para afastar as pessoas, eu fiquei parada atrás da blazer para não deixar levar. Eles me empurraram para levar ela. Eu falei que não ia levar e eles me empurraram para levar ela. Se eles quisessem prestar socorro, eles não iam tentar agredir ninguém. Eles estavam achando que a minha mãe era bandida, falando várias coisas lá, dando tiro para o alto. Ele falaram que ela era bandida, que ela tava dando café para os bandidos. Eu não acredito na polícia”, relata Thais. No enterro de Cláudia, parentes e amigos protestaram contra a morte. O sentimento também era de revolta. Os moradores do Morro da Congonha fecharam uma das principais avenidas do bairro de Madureira para protestar. Cláudia era auxiliar de serviços gerais em um hospital. Tinha 38 anos e uma família grande. Casada, mãe de quatro filhos, também criava quatro sobrinhos. O marido dela, Alexandre Fernandes da Silva, diz que eles iam completar 20 anos de casados em setembro. “Guerreira, determinada, batalhadora, objetiva”, conta.Continue lendo
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