Um motorista de ônibus escolar do Minessota foi demitido na semana passada por fazer orações todas as manhãs com os alunos que transportava. George Nathaniel, 49, que também é pastor na região, estava em seu segundo ano como motorista de ônibus de uma empresa terceirizada.
Depois de receber denúncias de pais descontentes com as orações, a empresa mudou sua rota. Ele continuou com o novo grupo. A empresa lhe deu um ultimato, alegando que ele estava violando a liberdade de expressão das famílias que não eram cristãs ao usar o nome de Jesus.
Isso não mudou a opinião de Nathaniel: ”Eu dizia que sou pastor e apenas os convidava a fazer a oração comigo”. No final de outubro veio o comunicado oficial que ele estava demitido da empresa de transporte escolar.
Desde 1962, a Suprema Corte dos EUA afirma ser inconstitucional as escolas públicas incentivarem ou conduzirem alunos em oração, isso inclui orações feitas em público por qualquer representante de uma escola. A alegação de diversos grupos ateus ao denunciarem esse tipo de prática é que a Constituição afirma que Estado é laico e não pode defender uma religião apenas.
O pastor Nathaniel, no entanto, está contrariado. Alega que ele não estava fazendo nenhum mal às crianças. ”Não é correto demitirem um motorista por que ele ora pela segurança das crianças”, lamenta. Ele conta que a oração matinal era curta, com menos de 10 minutos. Ele esperava a última criança embarcar.
“Começamos então com uma música”, conta. ”Só oravam os que queriam orar. Se não desejavam, não eram obrigados. Depois, eu orava. Queria dar-lhes algo construtivo e positivo antes de chegarem na escola. ”
Responsável por duas pequenas igrejas batistas da região, ele vivia de seu salário como motorista. O caso teve ampla cobertura da mídia estadual. Muitos se manifestaram contrários a decisão da empresa, alegando perseguição religiosa. Contudo, a maioria dos pais diz estar satisfeita com o desfecho. Há muitas família muçulmanas na região.
Sanaa Hersi, cujo filho ia para a escola naquela rota, questiona “Isso iria confundir as crianças, porque nós os ensinamos a seguir o caminho o Islã”. Nathaniel defende-se dizendo que muitas vezes conversava com os pais que esperavam o ônibus juntamente com os filhos. “Eu contava que era pastor e que gostava de fazer orações no ônibus. Os pais com quem eu falei estavam de acordo”, justifica.
Nathaniel conta que já trabalhou em outros estados como motorista de ônibus escolar e nunca teve problemas. “Se você tem alguma coisa boa, vai querer compartilhar com os outros. Os cristãos devem ser capaz de mostrar que realmente são cristãos e não precisam se esconder”, finaliza. Com informações de The Blaze e Star Tribune.
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