O Facebook voltou a permitir que vídeos que mostrem decapitação sejam exibidos na rede social. Em maio deste ano, a empresa americana resolvera proibir esse tipo de material após alertas de que ele poderia causar danos psicológicos a longo prazo.
De acordo com a nova diretriz do Facebook, os seus usuários devem ter a liberdade para decidir se devem ou não assistir aos vídeos que exibam decapitação.
"Há muito tempo o Facebook é um lugar que as pessoas usam para compartilhar suas experiências, particularmente quando estas são ligadas a eventos controversos, tais como violações de direitos humanos, atos de terrorismo e outros eventos violentos", disse um porta-voz, segundo a BBC.
Em entrevista à BBC, Arthur Cassidy, do Yellow Ribbon Program, grupo que trabalha pela prevenção de suicídios na Irlanda do Norte, condenou a nova postura do Facebook:
"São necessários apenas alguns segundos de exposição a este tipo de material para deixar um traço permanente, principalmente na mente de um jovem. Quanto mais gráfico e colorido for o material, mais psicologicamente destrutivo ele é."
A exibição, em abril, da execução de uma mulher (imagem acima) que, supostamente, havia traído o marido foi o divisor de águas no tema para o Facebook, que decidiu tirar o vídeo do ar.
Pela manutenção dos "padrões de qualidade de comunidade", a empresa se expressava desta forma para os usuários que tinham vídeo removido após denúncia:
"Analisamos o vídeo denunciado. Como ele viola nossos Padrões de comunidade em violência gráfica, incluindo sinais de danos a alguém ou a algo, ameaças à segurança pública ou roubo e vandalismo, foi removido."
Anteriormente, o Facebook mantinha os vídeos no ar alegando "preservar os direitos de as pessoas descreverem, representarem e comentarem sobre o mundo em que vivem".
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