Levando-se em conta somente os partidos que atualmente sustentam cada candidatura, Dilma Rousseff (PT) larga na frente, com 1.659 petistas e peemedebistas que comandam prefeituras em todo o país. Em seguida aparece o senador Aécio Neves (PSDB), que soma 1.103 chefes do Executivo municipais na sua linha de frente, tomando como base tucanos e filiados ao PPS e ao DEM. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ainda não fechou alianças em torno de seu projeto, mas já conta com 442 prefeitos da legenda que preside.
A maior dificuldade é da ex-senadora Marina Silva (ex-PV), que batalha pela criação de seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade – que precisa ser registrado até outubro – e ainda não é possível estimar o número de políticos que vão apoiá-la. O PSC e o PSol, que também devem lançar candidatos, têm respectivamente 83 e duas prefeituras. De um total de 5.564 municípios do país, 3.934 são governados pela base aliada do governo federal – sem contar os do PSB e PSC –, mas o passado recente mostra que isso não é garantia de apoio.
Deputado federal e tesoureiro do PSDB, Rodrigo de Castro afirma que essa realidade recortada pelas afinidades partidárias tende a se modificar no ano que vem. Ele lembra a dificuldade na relação da presidente com os municípios. “Há uma insatisfação visível dos prefeitos com o governo Dilma. A queda de arrecadação no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a concentração de recursos na esfera federal contribuem para isso. A economia também não vai bem, isso influencia. E os próprios partidos não têm uma base coesa”, ele argumenta.
O prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), conhece bem esta realidade. Ele também desacredita que os números de prefeitos reflitam no número de votos, obrigatoriamente falando. “Isto varia muito, com a história do candidato e das propostas. Até mesmo no interior, que algumas pessoas, com preconceito, dizem que funciona como curral eleitoral. A geografia do voto é uma só. As pessoas vão avaliar propostas e ouvir, também, os prefeitos, deputados e demais candidatos. A estrutura partidária também influencia, como o tempo de TV”. Patriota é, em Pernambuco, um dos maiores críticos à redução no repasse do FPM pelo governo petista. Com Estado de Minas
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