Em carta enviada a OGX Petróleo, o empresário Eike Batista, acionista majoritário da empresa, informou que vai questionar a decisão da diretoria, que exerceu na última sexta-feira seu direito de obrigá-lo a subscrever ações da companhia no valor de R$ 6,30. No total, essa injeção de capital poderia chegar a US$ 1 bilhão, com desembolso imediato de US$ 100 milhões.
Na carta enviada à companhia e comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através de fator relevante nesta segunda-feira, Eike afirma o seguinte: "Ressalvo meus direitos em contrato e decorrentes de lei no sentido de questionar as circunstâncias, a forma, o conteúdo, a validade e os demais aspectos legais do pretendido exercício de opção".
Eike Batista e a OGX terão 60 dias para solucionar a questão ou será instaurado um procedimento arbitral no âmbito da Câmara de Arbritagem do Mercado, como previsto no contrato da 'put (opção de venda de ações)', assinado em outubro de 2012.
Na sexta-feira, as ações da OGX fecharam com alta de 26,83%, a R$ 0,52. A valorização do papel foi impulsionada pela aprovação do put.
O controlador da OGX também garantiu que "não há, neste momento, a intenção de realizar novas alienações de ações de emissão da companhia". A informação foi divulgada pela empresa em resposta a solicitação de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sobre a venda de 5,49% das ações de Eike na petrolífera recentemente.
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