Uma articulação conduzida pela cúpula do PT pode colocar o ex-jogador Ronaldo, o “Fenômeno”, no comando do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial de 2014 no Brasil. O objetivo do Palácio do Planalto é ejetar o atual presidente da CBF, José Maria Marin, acusado de colaborar com o regime militar no país (1964-1985), do COL. O cartola poderia prejudicar a “imagem” do mundial por conta das recentes acusações envolvendo episódios de tortura e perseguição política. A articulação é destaque da coluna de Ilimar Franco do jornal O Globo desta sexta-feira (5/4).
No governo da presidente Dilma Rousseff (PT) existe até um candidato para a presidência da CBF, que deve realizar uma eleição para o cargo em abril do próximo ano. Apesar de negar o apoio dos petistas, Ronaldo disse que apoiará o corintiano Andrés Sanchez na eleição da CBF. Ele seria, também, o candidato do Palácio do Planalto. O candidato do Fernômeno deve disputar a eleição contra o do grupo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, o cartola paulista Marco Polo del Nero.
O governo federal não tem apoio irrestrito da Fifa nesta movimentação. A entidade que comanda o futebol se considera acima dos governos e detesta qualquer tipo de interferência nas confederações de cada país. A articulação de aliados da presidente Dilma, que disputará sua reeleição à Presidência da República no ano do mundial, pode ser vista como ousada. No que depender da Fifa, quem deve organizar a Copa do Mundo é mesmo a CBF.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (5/4), Ronaldo confessou que está negociando uma posição na Fifa. Disse, ainda, que começou a estudar inglês e deve fazer um intercâmbio em Londres, na Inglaterra. “Tenho o desejo de continuar, porque já estou nessa carreira, digamos, política do futebol. Já está engatada. Então, quero continuar e entrar em bons projetos. Tenho de me preparar bem para poder exercer uma função importante”.
O ex-jogador também confessou que apoia a candidatura de Andrés Sanchez e que já foi sondado por partidos políticos para ser candidato. “Eu apoio o Andrés, lógico. Ele é um grande amigo, um cara que na minha passagem pelo Corinthians foi muito correto. Participei diretamente da gestão dele. É alguém em quem confio, e se ele se candidatar, realmente eu vou apoiá-lo”, disse.
“Não existe a possibilidade nem a vontade no momento (de se filiar a um partido e ser candidato). Mas eu não sei o dia de amanhã. Na última viagem a Brasília, o ministro Aldo Rebelo, do Esporte, conversando comigo, falou que tenho qualidades para ser um ótimo político. Tenho outra missão. Quero fazer a politicagem dentro do esporte, porque acho que o futebol tem muito o que melhorar. Seria um desafio incrível também entrar na política”, completou Ronaldo.http://www.diariodepernambuco.com.br
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