O Porto Sul será construído no litoral norte de Ilhéus e será o ponto final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), com investimento de R$ 3,5 bilhões e a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, mas que já apresenta vários problemas com o início das obras e desperdício de dinheiro público, estimado pelo Tribunal de Contas da União em R$ 2 bilhões.
A construção da Fiol, que ligará o sertão baiano ao litoral do Estado, pressupõe, na ponta dos 1.000 km de trilhos, um porto para o escoamento da carga. Mas a ferrovia deverá ficar pronta em dezembro de 2015, três anos e meio a quatro anos antes da conclusão prevista do complexo Porto Sul, em junho de 2018, e ficará todo esse tempo sem utilização – ou com nível de operação desprezível.
A demora no processo de instalação do Complexo Intermodal tem ameaçado a esperança criada nos moradores do Sul e do Oeste da Bahia. Muitos jovens já receberam treinamento através da Bahia Mineração, mas até o momento não tiveram a chance de aplicar o aprendizado. Tampouco se concretizou o emprego que será gerado com a construção dos portos e com a movimentação anual de 75 milhões de toneladas de grãos, minérios de ferro e carvão, siderurgia, etanol, fertilizantes e algodão.
O Porto Sul “privado” será operado pela Bahia Mineração (Bamin), cuja exportação de minério de ferro será feita exclusivamente da sua produção. O Porto Sul “público”, servirá a toda à comunidade que necessite exportar grandes quantidades de produtos. Faz necessária mais agilidade dos órgãos dos governos estadual e federal para que o Porto Sul e a Fiol sejam concretizados sem desperdiçar ainda mais o dinheiro público. O Sul da Bahia, especificamente, que tanto já contribuiu economicamente para o próprio Estado e para o Brasil com a produção do cacau, tem sofrido duras consequências com a crise na lavoura cacaueira, a exemplo do desemprego. Merece, portanto que a retomada do seu desenvolvimento com o Porto Sul seja tratada como prioridade. Resumo do discurso do deputado federal Juthay Magalhães (PSDB)
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