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sexta-feira, 19 de abril de 2013

MT: Mãe afirma que matou filho de dois anos em canavial; criança apresentava lesão anal

A mãe da criança de dois anos que foi encontrada morta em um canavial na zona rural de Tangará da Serra confessou ter assassinado o próprio filho e isentou o companheiro de qualquer envolvimento no crime. 
A suspeita Rosana de Oliveira Golart, 18, e Paulo Edson da Silva, 43, estavam presos temporariamente desde a manhã desta quarta-feira (17) a pedido da delegada Liliane Diogo como principais suspeitos da morte do menino.
De acordo com informações da Polícia Judiciária Civil, Rosana responderá pelo crime de homicídio qualificado praticado por meio cruel e estupro de vulnerável. Paulo Edson da Silva será liberado graças ao depoimento abonatório de Rosana, o padrasto da criança será liberado.

De acordo com a delegada, a acusada Rosana de Oliveira Golart, 18 anos, contou em detalhes como cometeu o crime no dia 19 de março, e levou os policiais até o local mostrando o passo a passo até a morte da criança, em um ponto do canavial, a 450 metros da casa da família, onde teria utilizado um pedaço de madeira para golpear o menino. 
Depois, acreditando que a criança estava morta, depositou o corpo em outro ponto do canavial, mais de 2 quilômetros da casa. A perícia concluiu que a criança ainda estava viva quando foi deixada no local e morreu em decorrência de choque hipovolêmico, que é quando o coração não tem mais capacidade de oferecer sangue para o corpo.
Ainda segundo o documento, o laudo confirmou que a criança foi vítima de violência sexual e sofreu lesão corporal provocada por instrumento contundente. A crueldade da ação continuou, os autores do crime abandonaram a criança ainda viva em um canavial ao alcance de cães.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, depois do enterro da criança, a Polícia Civil acompanhou a rotina da família e viram que a mãe, Rosana, foi até uma região de canavial com seu outro filho de seis anos. Em outra ocasião, a criança contou aos policias o teor da conversa que teve com a mãe e que ela teria dito que o irmãozinho dele teria morrido ali.
A contradição chamou a atenção da delegada, pois segundo ela, esse primeiro local fica a 450 metros da casa. Mas o corpo foi encontrado a 2.200 metros de distância da residência.
Com essa informação, a polícia civil, acompanhada do perito técnico Elisbão Vitor, foram durante a noite até o local e com uso de luminol confirmou a presença de sangue humano no chão. 

As investigações apontaram também que havia cinzas com sangue humano que estavam em um buraco, feito no chão, do lado de fora da casa da família. Fato que reforçou a participação dos pais da criança no crime. “A perícia confirmou sangue em cinzas de tecido e em uma espécie de lona azul, do tipo usada para cobrir piscina, não estavam enterrados. Numa parte da lona que não foi queimada encontramos sangue”, afirmou a delegada.
Outra evidência foi sangue encontrado nas roupas usadas pelo casal no dia do desaparecimento da criança. “Agora está em laboratório para analisar se esse sangue é do menino. São três indícios que levam ao casal. Isso está em perícia para confrontar com o DNA do menino”, destacou a delegada.

O caso
O corpo do menino Pablo Henrique de Oliveira foi encontrado no dia 19 de março, em um canavial, a cerca de 2 quilômetros do sítio onde morava com a mãe, o padrasto e um irmão de 6 anos.
Ele tinha lesões na região anal e também no corpo. Uma amostra de material encontrado no ânus da criança foi encaminhada à perícia que, inicialmente, constatou que não havia presença de espermatozóide. A mesma foi levada para o Laboratório Forense, em Cuiabá, que ainda analisa o material. 

Investigações
A busca pela criança iniciou um dia depois do seu 'desaparecimento', dia 18, quando a mãe foi até a delegacia, contando que por volta das 10h30 teria dado falta do filho de dois anos. De acordo com os relatos da mesma, ela teria procurado a criança pela vizinhança e teve ajuda dos amigos da comunidade, mas com o apoio do Corpo de Bombeiros e de policiais civis foi possível encontrar a criança.
De acordo com a PJC, a mãe já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando mãe por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal. Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família. Olhar Direto

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