Aos 48 anos, completados ontem, 31, o Banco Central nunca esteve tão desacreditado no mercado. Depois da divulgação do último Relatório Trimestral de Inflação, na semana passada, analistas avaliam que a autoridade monetária não persegue mais um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% no ano. O objetivo teria migrado para um valor mais próximo de 6,5%, o limite máximo definido pelo Conselho Monetário Nacional. E pior, analistas acreditam que, para acomodar esse novo nível de carestia, o governo pode até mesmo ampliar o teto da meta de inflação para 7% ou 7,5%.
Apesar do tom mais duro adotado no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e no Relatório, o BC tem passado a analistas a impressão de estar de mãos atadas para agir contra a alta de preços. A instituição, inclusive, deixou de prever prazos para que a carestia volte ao centro da meta. O diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, chegou a afirmar que esperar a convergência do IPCA para 4,5% ainda este ano seria "irrealista". Correio Braziliense
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