O Supremo Tribunal Federal (STF) mais uma vez está sendo focalizado pela imprensa, desta vez por motivo até certo ponto esdrúxulo. É que um dos réus do ‘Mensalão do PT’, o ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Lula e ex-deputado federal – que foi cassado por quebra do decoro parlamentar – declarou em entrevista que o ministro do STF Luiz Fux, quando era ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pleiteava ser indicado para o Supremo o havia procurado e que lhe prometera votar pela sua absolvição quando fosse julgar o processo do ‘Mensalão’. Se isso foi verdade, vê-se que o ministro Fux quando fez a promessa não tinha conhecimento integral do teor do processo e que a lê-lo firmou posição pela condenação de Zé Dirceu;
O pronunciamento do antigo homem-forte do Governo Lula deixa uma interrogação no ar. Os votos favoráveis à absolvição de Zé Dirceu dado pelos ministros Ricardo Lewandowisk, Dias Toffoli, Carmem Lúcia e Rosa Weber foram resultado do mesmo tipo de promessa? Afinal, eles foram indicados por Lula e Dilma Rousseff. O comportamento dos dois primeiros durante o julgamento fez com que muitos vissem neles verdadeiros ‘defensores públicos’ do réu mais importante e de outros nomes de peso da PT;
Por fim, temos visto uma série de investidas dos advogados dos réus a poucos dias da publicação do acórdão do processo do ‘Mensalão do PT’, todos tentando fazer com que as condenações entrem em vigor, isso sem contar os prazos que a própria legislação penal tem, que permitem o adiamento do cumprimento de sentenças, como os muitos casos de réus condenados e que há décadas nunca foram presos. Seja o que for, o que a opinião pública espera é que Zé Dirceu e os demais condenados cumpram as condenações que receberam, principalmente pelo fato do STF ter chegado à conclusão de que eles ‘meteram a mão’ em dinheiro público para montar uma base aliada para o Governo Lula no Congresso Nacional;
De qualquer forma, parabéns ao ministro Luiz Fux por ter ‘faltado com a palavra’ a José Dirceu, que tem a condenação à prisão por dez anos e dez meses para cumprir. por Airton Leitão
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